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São Chico e Joinville - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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São Chico e Joinville

Brasil, Santa Catarina, São Francisco do Sul, Joinville

A bela Igreja Matriz de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

A bela Igreja Matriz de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Hoje, depois de tantos dias de praia espalhados pelo litoral de Santa Catarina, resolvemos mudar de foco. Afinal, estávamos do lado de São Francisco do Sul, uma das mais antigas cidades do Brasil, verdadeiro patrimônio histórico do país. A cidade, como já falei no post passado, fica na ilha de mesmo nome. Mas a grande maioria das pessoas que vem para cá, inclusive nós, no passado, nem vai conhecer o centro histórico e fica mesmo só pelas praias da ilha. Pois bem, estava mais do que na hora de sanarmos essa nossa falha de conhecimento!

Mapa da região de Joinville, mostrando também a ilha de São Francisco do Sul e a Baía da Babitonga, no norte de Santa Catarina

Mapa da região de Joinville, mostrando também a ilha de São Francisco do Sul e a Baía da Babitonga, no norte de Santa Catarina


São Francisco do Sul, carinhosamente apelidada de São Chico, foi fundada por volta de 1650, a primeira povoação do estado de Santa Catarina. Mas os europeus já frequentavam a ilha e a baía onde foi fundada a cidade muito antes disso. Especula-se que uma expedição francesa passou por aqui em 1504 e levou para a Europa um indígena (filho de um chefe local) que viveu em Paris até os 90 anos de idade! Não que não tenha querido voltar, mas uma carona, naquela época, não era coisa fácil. Enfim, adaptou-se muito bem ao estilo de vida e língua franceses. A história é verdadeira, mas nunca se pode comprovar que ele tenha mesmo saído de São Francisco do Sul.

Centro histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Centro histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Ar colonial nas fachadas do centro histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Ar colonial nas fachadas do centro histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Quem comprovadamente passou por aqui em 1515 foi o famoso navegante espanhol Juan Dias de Solis. Foi ele que nomeou a ilha com o nome que conhecemos hoje. Quatro décadas mais tarde os espanhóis até tentaram ocupar a ilha, fundando um povoado. Mas a pequena vila não teve vida longa. Após feroz ataque dos índios tupiniquins, os colonizadores abandonaram tudo e fugiram para Assunción, no Paraguai.

Centro histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Centro histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Dirigindo peles ruas históricas São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, às margens da baía da Babitonga

Dirigindo peles ruas históricas São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, às margens da baía da Babitonga


Um século mais tarde, por volta de 1650, foi a vez dos portugueses tentarem. Depois de escravizarem ou exterminarem boa parte da população indígena do local, os bandeirantes paulistas não tiveram problemas maiores em fundar a cidade. Nascia São Chico, primeiro subordinada a Paranaguá, mais ao norte, mas ganhando luz própria com o passar do tempo. Basta caminhar pelas ruas de seu centro histórico para perceber que a cidade já teve tempos de glória nos dois séculos seguintes.

Rua do centro de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Rua do centro de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Placa informativa no centro de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Placa informativa no centro de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Além do charmoso casario com ares coloniais que se espalha pelas ruas principais, chamam a atenção a Igreja Matriz, com mais de 200 anos de idade, e o Mercado Municipal, construção também centenária. O centro é pequeno e podemos (e devemos!) percorrê-lo a pé. Oportunidades para fotos não faltarão! A cidade está na beira da Baía da Babitonga que, cercada de verde e montanhas ao fundo, compõe bem qualquer fotografia.

Observando a baía da Babitonga, em frente a São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Observando a baía da Babitonga, em frente a São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Baía da Babitonga, em frente a São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Baía da Babitonga, em frente a São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Outro ponto alto da visita à cidade é o Museu Histórico. Ele faz uma homenagem ao enorme litoral do nosso país, além de suas bacias hidrográficas. Especializou-se na relação dos brasileiros, desde os tempos indígenas, com a água. Aí aprendi que em nenhum outro país do mundo há uma variedade tão grande de embarcações como no Brasil, cada uma adaptada ao clima, condições do local e necessidades de quem as constrói. Para quem gosta desse tipo de coisa, é uma visita imperdível! Além da exposição de barcos, canoas, jangadas e outros tipos de embarcação, a própria construção do museu, em galpões centenários, e sua localização na orla da Babitonga são atrativos extras.

A bela Igreja Matriz de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

A bela Igreja Matriz de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Museu Histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Museu Histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Foram duas horas de agradável exploração pela cidade, com direito até à lanche no pequeno Mercado. Depois, pé na estrada novamente, mas para uma viagem bem curta. Nosso próximo destino foi a cidade de Joinville, ali do lado, mas já no continente.

O belo cenário do restaurante do Museu Histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

O belo cenário do restaurante do Museu Histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Museu Histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Museu Histórico de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Santa Catarina é o único estado do Brasil cuja capital, Florianópolis, não é a maior cidade estadual. Essa honra cabe exatamente a Joinville, cidade de colonização alemã e que hoje tem mais de 500 mil habitantes, menor apenas que Porto Alegre e Curitiba em toda a região sul do país.

Fachada do Mercado Municiapal de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Fachada do Mercado Municiapal de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


Interior do Mercado Municipal de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina

Interior do Mercado Municipal de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina


A cidade (e seu nome!) tem uma origem bem interessante. Em 1843, Maria Leopoldina de Austria, filha de Dom Pedro I e irmã do Imperador Dom Pedro II casou-se com o 3º filho do rei da França naquela época, Luis Filipe. Seu nome, Francisco Fernado de Orleáns, o Príncipe de Joinville. Essa “Joinville” original é uma pequena cidade francesa (hoje tem uns 5 mil habitantes) no nordeste do país. Como dote de casamento, além de joias e dinheiro, a princesa levou consigo uma considerável porção de terra onde hoje se localiza a cidade de Joinville, no nordeste de Santa Catarina. Durante as negociações pré-nupciais, os franceses pediram que as terras do dote fossem próximas à Guiana Francesa, mas os brasileiros acharam por bem não misturar as coisas e escolheram terras no lado oposto do país, a mais de 4 mil quilômetros de Caiena.

A Ana descansa e divaga na orla de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, às margens da Baía da Babitonga

A Ana descansa e divaga na orla de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, às margens da Baía da Babitonga


Influência alemã no pórtico de entrada da cidade de Joinville, no norte de Santa Catarina (foto da Internet)

Influência alemã no pórtico de entrada da cidade de Joinville, no norte de Santa Catarina (foto da Internet)


O casal real não teve chance de conhecer sua propriedade, pois moravam na Europa e, cinco anos após o casamento, o pai do Príncipe de Joinville foi derrubado na França por uma revolução. O príncipe e a princesa acabaram se refugiando na Inglaterra e, após alguns anos, sem a benevolência do dinheiro estatal, acabaram falindo. Então, para ajudar a pagar suas contas, venderam aquela propriedade distante que possuíam lá no sul do Brasil para um rico magnata alemão, o senador Christian Mathias Schroeder. Este estava organizando pequenas colônias alemãs no Brasil, mandando famílias de imigrantes para cá. Para homenagear o antigo proprietário da terra, o alemão resolveu batizá-la de Joinville. Nasceu pequena e alemã, mas algumas décadas mais tarde, passou por um intenso processo de industrialização que lhe rendeu o apelido de “Manchester brasileira”, em referência à principal metrópole industrial da Inglaterra e do mundo naquele final de século XIX.

Vista aérea de Joinville, a maior cidade do estado de Santa Catarina (foto da Internet)

Vista aérea de Joinville, a maior cidade do estado de Santa Catarina (foto da Internet)


Joinville, no norte de Santa Catarina, é sede do principal festival de dança do país (foto da Internet)

Joinville, no norte de Santa Catarina, é sede do principal festival de dança do país (foto da Internet)


Hoje, a simpática Joinville ganhou fama também por seu Festival Internacional de Dança, o mais importante da América Latina. Talvez por isso, aqui está instalada a única filial do prestigioso Ballet Bolshoi na América. Eu já tive chance de estar na cidade durante a realização do festival e é realmente um show, dezenas de espetáculos com dançarinos de todo o mundo e a noite fervendo na cidade.

Encontro com o Luís Felipe, primo da Ana, em Joinville, norte de Santa Catarina

Encontro com o Luís Felipe, primo da Ana, em Joinville, norte de Santa Catarina


Encontro com a Vitoria, prima da Ana, em Joinville, norte de Santa Catarina

Encontro com a Vitoria, prima da Ana, em Joinville, norte de Santa Catarina


Mas não estamos na época certa. Então, não foi isso que nos atraiu à grande metrópole catarinense. Viemos para visitar a tia Wal, aquela do apartamento de Bombinhas, e seus dois filhos, primos da Ana, o Luís Felipe (como aquele rei da França derrubado em 1848 e pai do Príncipe de Joinville) e a Vitoria. Fomos muito bem recebidos e passamos a noite por aqui, a nossa última em Santa Catarina. De noite, um grande encontro de amigos do Luis Felipe na casa, todos fãs de narguilé, aquele aparelho de origem árabe para fumar. Uma delícia! Passamos horas ali, testando e experimentando novos sabores e essências. Depois, até fizemos uma pequena apresentação de fotos dos 1000dias para os presentes, quem sabe a primeira de muitas!. E foi assim, com esse calor humano, que fechamos nossa temporada nesse estado. Agora, só falta mesmo alguns dias no Paraná para retornarmos, de vez, para Curitiba. O frio na barriga só vai aumentando...

Slide da apresentação da viagem dos 1000dias que fizemos na casa da tia Wal, em Joinville, norte de Santa Catarina

Slide da apresentação da viagem dos 1000dias que fizemos na casa da tia Wal, em Joinville, norte de Santa Catarina

Brasil, Santa Catarina, São Francisco do Sul, Joinville, Arquitetura, história

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