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Voando Sobre o Denali - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Voando Sobre o Denali

Alaska, Denali National Park

O colossal Denali, maior montanha da América do Norte, durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska

O colossal Denali, maior montanha da América do Norte, durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska


Hoje, resolvemos investir tempo e dinheiro para ver o Denali mais de perto. Foi uma maneira de compensar o fato de não termos nenhuma possibilidade de tentar subir a montanha. Afinal, já estamos fora da temporada. A época de subir a maior montanha da América do Norte se encerra em Julho. Depois, só para “profissionais”, o que não é o nosso caso. Mas, o Denali vai continuar lá por muito tempo e, quem sabe um dia, eu ainda possa voltar na época certa para tentar chegar lá encima, com as próprias pernas...

O bimotor que nos levou para um sobrevoo do Denali National Park, no Alaska

O bimotor que nos levou para um sobrevoo do Denali National Park, no Alaska


Enquanto esse dia não chega, o remédio foi fazer um dos passeios de avião que sobrevoam o parque e a montanha. Confortavelmente instalados num avião bimotor, pressurizado e com temperatura ambiente controlada, passamos pouco mais de uma hora voando sobre uma das mais belas paisagens do continente. Ao longo do trajeto, vamos recebendo informações e, ainda mais legal, ouvindo um fundo musical da Enya. A combinação da música e da paisagem grandiosa que vemos pelas janelas são mais do que suficientes para tirar lágrimas dos nossos olhos. Outra vez, tenho de tirar o chapéu para esses americanos e dizer: Os caras sabem fazer as coisas!

Sobrevoando vale no Denali National Park, no Alaska

Sobrevoando vale no Denali National Park, no Alaska


Sobrevoando montanhas do Denali National Park, no Alaska

Sobrevoando montanhas do Denali National Park, no Alaska


Logo que entramos no pequeno avião, que acomoda seis passageiros, cada um com sua janela, recebemos um eficiente fone de ouvido que abafa completamente o som dos motores e o substitui pela música entremeada de informações pré-gravadas. De tempos em tempos, o piloto interrompe a passa outras informações, mais fresquinhas. Ele nos apontou as principais montanhas do Parque Nacional, as rotas mais conhecidas de subida do Denali, as diversas geleiras que descem da montanha e até mesmo um grupo de cabras montesas e um grande urso “perdido” em uma das encostas de uma montanha do parque. Vê-lo lá de cima, em meio àquela paisagem enorme, nos fez ter uma perspectiva ainda mais incrível da natureza selvagem dessa região.

Avistando cabras montesas do avião durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska

Avistando cabras montesas do avião durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska


Um urso é visto durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska

Um urso é visto durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska


Mas, o assunto principal hoje era mesmo a montanha. Já contei a história de Frederick Cook em outro post, sobre como ele conseguiu enganar o mundo durante alguns anos, dizendo que havia chagado ao cume. Na verdade, ele pode ter enganado o “mundo”, mas não ao “Alaska”. As pessoas que conheciam e viviam perto do Denali sabiam ser impossível que aquela história fosse verdadeira. A única testemunha da subida de Cook era do Alaska e os conterrâneos de sua pequena vila nunca lhe deram crédito. Mas a sua história acabou servindo de inspiração para um dos maiores feitos da história do alpinismo.

No avião, durante voo sobre o Denali National Park, no Alaska

No avião, durante voo sobre o Denali National Park, no Alaska


No avião, durante voo sobre o Denali National Park, no Alaska

No avião, durante voo sobre o Denali National Park, no Alaska


Numa mesa de bar da pequena vila, quatro mineiros que davam duro o dia inteiro, o ano inteiro, só para conseguir sobreviver, não se conformavam com o sucesso e o dinheiro que o falastrão Cook tinha conseguido com sua história. Animados pela cerveja, decidiram que os primeiros a subir de verdade a montanha deveriam ser pessoas locais. E porque não eles mesmos? Fazer uma promessa dessa enquanto se está bêbado não é uma grande coisa, mas tentar cumpri-la enquanto se está sóbrio, aí a coisa é outra. Pois, por mais incrível que pareça, esses quatro homens partiram para a montanha em 1910, quase sem nenhum equipamento ou experiência, apenas contando com a coragem e o costume às dificuldades de uma vida duríssima. Mais do que isso, resolveram levar um mastro com quatro metros de comprimento, o qual colocariam no cume, com uma bandeira. Sua esperança é que esse “monumento” pudesse ser visto desde Fairbanks, com uma luneta. Seria a prova indiscutível que haviam chegado ao cume.

Uma das muitas geleiras que descem do Denali, no Denali National Park, no Alaska

Uma das muitas geleiras que descem do Denali, no Denali National Park, no Alaska


Loucura? Pode ser… Mas o fato é que, por quase 3 meses eles rodearam e testaram a montanha, procurando a melhor rota. Por fim, atacaram! O Denali tem dois cumes, separados por quase 5 quilômetros de distância. Naquela época, ninguém sabia qual era o mais alto. Os mineiros escolheram o cume norte e para lá seguiram. Dois chegaram até lá. E levaram a tal bandeira!!! Ao descer, evidentemente que ninguém acreditou na história de quatro esfarrapados teriam chegado ao cume da montanha que havia vencido tantos profissionais. O mastro, mesmo com seus quatro metros, não era visível de Fairbanks, e nem de lugares mais próximos. Perto da colossal montanha que se ergue mais de 5 quilômetros sobre o terreno que a rodeia, quatro metros não são nada.

Muitas montanhas nevadas ao redor do Denali, durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska

Muitas montanhas nevadas ao redor do Denali, durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska


Os mineiros foram ridicularizados e voltaram para sua vila com uma mão na frente e outra atrás. A história de Cook começava a ruir nessa época e a deles, então, jamais foi levada à sério. Quer dizer, não até 1913...

A gigantesca geleira que nasce entre os dois picos do Denali, no Denali National Park, no Alaska

A gigantesca geleira que nasce entre os dois picos do Denali, no Denali National Park, no Alaska


Foi nesse ano que o primeiro alpinista chegou ao cume do Denali, no pico sul. Foi Walter Harper, também nascido no Alaska. Era um dos guias de uma expedição profissional e bem equipada. Seu feito foi saudado em todo o mundo. Mas uma notícia trazida pela expedição causou tanto furor como a conquista em si. Lá de cima do pico sul eles puderam sim, avistar a bandeira dos mineiros. Ainda tremulava no pico norte, mesmo depois de três anos de tempestades e ventos fortíssimos.

Avião sobrevoando o Denali National Park, no Alaska

Avião sobrevoando o Denali National Park, no Alaska


Hoje, ao sobrevoar a montanha e ver aquele mar de neve, geleiras, picos escarpados e cristas estreitas, só pude render minhas homenagens à esses bravos homens e seu incrível feito. Pude também admirar a incrível beleza que é privilégio das cerca de 500 pessoas que chegam ao cume a cada ano. Certamente, para eles é tudo ainda muito mais belo do que para mim, no conforto da minha poltrona de avião. Será que algum dia vou voltar, a pé? Espero que sim. A única promessa é que vou levar comigo um ipod. E a trilha sonora da subida, vocês já podem adivinhar qual será, né?

Sobrevoando montanha nevada no Denali National Park, no Alaska

Sobrevoando montanha nevada no Denali National Park, no Alaska

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Comentários (3)

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  • 24/09/2012 | 13:25 por Lillian Brandão

    Oi Rodrigo,

    Incrível o passeio de avião. Infelizmente não fiz porque no meu tempo disponível a visibilidade não era boa. :( Tenho que voltar lá para pagar essa dívida!

    Abraços,
    Lillian.

    Resposta:
    Oi Lilian

    Pois é, esse é um dos grandes problemas que enfrentamos: conciliar os humores de São Pedro com a agenda sempre apertada. Felizmente, nesse dia o tempo cooperou e tivemos um voo inesquecível

    Mesmo assim, eu tb quero voltar lá. Mas é para subir o Denali com as próprias pernas!

    Abs

  • 24/09/2012 | 06:24 por mabel

    Montanhas também me impressionam .Moro bem frente ao pico do Corcovado em Ubatuba e sempre imagino ir até lá, mas até agora não tive chance.

    Em Innsbruck subimos até o topo, por teleférico é claro, de uma chamada Hafelekar (aprox.2300m), a paz e o silêncio experimentados lá é inesquecível. Parece estarmos mais perto de Deus.

    Abraços e bom retorno.

    Resposta:
    Oi Mabel

    Eu subi o Corcovado duas vezes, nas minhas temporadas na Praia Vermelha. a vista lá de cima é absolutamente fantástica! Que lugar mais lindo para morar!

    A sensação de estar no alto das montanhas é exatamente essa que vc descreveu. É por isso que quero sempre subir alguma, hehehe

    Abs

  • 23/09/2012 | 16:10 por mabel

    Que imagens!!!! A montanha coberta de neve é maravilhosa. Mesmo de avião a sensação é indescritível!

    Resposta:
    Oi Mabel

    Pois é, lá de cima, temos uma vis]ao mais ampla, vemos as montanhas de outro ângulo, é neve e gelo por todo o lado! Lugar fantástico, uma imensidão avassaladora!

    Abs

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