0 Velejando em Belize - O Barco e o Capitão - Blog do Rodrigo - 1000 dias

Velejando em Belize - O Barco e o Capitão - Blog do Rodrigo - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão

paises

Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Rio De Janeiro Há 2 anos: Rio De Janeiro

Velejando em Belize - O Barco e o Capitão

Belize, Hopkins, Tobacco Caye

Velejando na grande barreira de corais, em Belize

Velejando na grande barreira de corais, em Belize


Sentados em um restaurante de frente à praia, com os pés na areia e curtindo o fim de tarde na pequena cidade de Hopkins, no sul de Belize, não demorou muito para conhecermos outras pessoas. Meninas garifunas que queriam nos vender algo, cidadãos locais para quem perguntávamos sobra a famosa batida de tambor do local e um solitário indivíduo de cabelos que começavam a embranquecer, pele curtida pelo sol e alta estatura que se divertia com seu cão. Era o Gaston, dono de um veleiro que estava “estacionado” ali na frente.

Amarras do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Amarras do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Detalhe do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Detalhe do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Conversa vai, conversa vem, contamos a ele sobre nosso caminho pelas Américas, assim como ele nos contou sobre sua própria jornada. Ele trabalha como mergulhador durante alguns poucos meses por ano, em projetos no mundo inteiro. Trabalho altamente especializado, com poucas pessoas aptas para fazê-lo. Por isso, paga-se bem e ele pode se dar ao luxo de, em boa parte do ano, fazer o que mais gosta: viver em seu pequeno veleiro perambulando pelo litoral da América Central e Caribe. Não é uma vida luxuosa. Para isso, ele teria de trabalhar mais. Mas prefere a vida simples, sempre perto do mar, pescando a própria comida, casa apertada, mas com o maior e mais belo quintal do mundo, o oceano.

Vela içada na grande barreira de corais, em Belize

Vela içada na grande barreira de corais, em Belize


Chegando á ilhota na grande barreira de corais, em Belize

Chegando á ilhota na grande barreira de corais, em Belize


Ele também é amigo da Trisha, a dona da nossa pousada. Já de noite, foi visitá-la, enquanto a simpática e falante nova-iorquina preparava o jantar para sua clientela. Ali, continuamos nossas conversas. Ele nos ofereceu um passeio em seu veleiro até a grande barreira de corais, cerca de 25 quilômetros mar adentro. Ali, quase em frente à Hopkins, está uma pequena ilha, assentada justamente sobre a barreira de corais, chamada Tobacco Caye. Tão pequena que podemos dar a volta nela, caminhando, em uns 10 minutos. Alie estão três hotéis, entre o caro e o barato e uns cinquenta habitantes, além de uns poucos turistas felizardos. Pode-se chegar até lá de lancha também, saindo de Dangriga. Até cogitamos fazer isso também, mas foi o charme de poder velejar até lá, ao ritmo dos ventos, que mais nos apelou.

A sala de estar e refeições do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

A sala de estar e refeições do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Nossa suíte no veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Nossa suíte no veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Então, nessa noite mesmo, nos decidimos: íamos com ele. Acertamos preço e condições. Duas noites no barco, três dias no veleiro. Além de Tobacco Caye, velejaríamos ao largo da barreira também, conhecendo outras ilhotas e fazendo snorkel sempre que possível. A saída seria no dia seguinte, logo depois de eu pegar dinheiro em Dangriga (não há bancos em Hopkinns) e da Ana e o Gaston comprarem comida em uma quitanda local.

Início da nossa velejada na grande barreira de corais, em Belize

Início da nossa velejada na grande barreira de corais, em Belize


Vida dura no veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Vida dura no veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Feito isso, eram pouco antes das 11 da manhã quando abordamos o The Rob (“A Foca”, em holandês), o veleiro até o qual já tínhamos nadado no dia anterior, para conhecer nossa nova “casa”. Com sua namorada, o Gaston já tinha feio isso outras vezes: receber um casal de clientes para uma temporada pelos mares. Depois de muitos anos nesse tipo de vida, a namorada sentiu falta da vida agitada e da terra firme. Atualmente, está na Europa, onde organiza festas eletrônicas. Em poucas semanas, o Gaston voará para lá, para matar as saudades.

Dias lindos a bordo de nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Dias lindos a bordo de nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Chegando à Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize

Chegando à Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize


O veleiro não é grande, pouco mais de 10 metros de comprimento. Na parte interna, a sala de refeições, uma cozinha e um quarto, que ele cedeu para nós. Do lado de fora, a “varanda” de comando e um deck com passagens apertadas, por entre amarras e velas dobradas. Espaço mais que suficiente para pendurar uma rede ou para se tomar sol admirando o mar azul, cor de piscina, a nossa volta.

Recolhendo âncora para zarpar, na grande barreira de corais, em Belize

Recolhendo âncora para zarpar, na grande barreira de corais, em Belize


A bordo do veleiro na grande barreira de corais, em Belize

A bordo do veleiro na grande barreira de corais, em Belize


O barco tem um pequeno motor, principalmente para quando o vento está muito preguiçoso. O Gaston o comprou na década de 90, na Europa, de onde o barco nunca havia saído. O The Rob vai fazer 100 anos muito em breve, um respeitável senhor construído no início do século XX por um famoso construtor de barcos holandês. Passou pela mão de uns 5 proprietários até que o Gaston o comprasse de um casal alemão. Não muito tempo depois, na companhia de um casal de amigos, fez a travessia oceânica, trazendo “a foca” para as ágas quentes do Caribe, de onde não mais saiu.

Um pequeno coqueiro na popa do Rob, nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Um pequeno coqueiro na popa do Rob, nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Por aqui, ficou muito tempo no Panamá, navegando pelas paradisíacas ilhas de San Blás, de doces memórias para nós também. Também teve uma temporada em Honduras e agora por aqui, entre Belize e Guatemala. Isso sem falar de passagens mais rápidas pelo litoral da Venezuela e de algumas ilhas no sul do Caribe. Mas atualmente, sua casa é mesmo a grande barreira de corais de Belize, a não ser quando se aproxima um furacão, quando o gaston e toda a torcida do Corinthias levam seus barcos para as águas seguras de Rio Dulce, um rio na Guatemala considerado pela marinha americana como o local mais seguro para barcos no lado caribenho da América Central.

O Gaston mostra nosso jantar fresquinho, na grande barreira de corais, em Belize

O Gaston mostra nosso jantar fresquinho, na grande barreira de corais, em Belize


Tudo isso fomos aprendendo nas interessantes conversas com o Gaston, ao longo desses três dias no mar. A melhor hora das conversas era durante as refeições, sempre preparadas por ele mesmo. Algumas vezes, até mesmo pescadas por ele. Por gosto e necessidade, ele ficou craque em pesca submarina e peixe fresco e gratuito é o item principal de sua dieta. Junte-se a isso sua classe em criar molhos e temperos, mistura da herança europeia e condimentos caribenhos e será fácil concluir que nós passamos bem nesses três dias, muito bem alimentados.

Hora do jantar no veleiro, na grande barreira de corais, em Belize

Hora do jantar no veleiro, na grande barreira de corais, em Belize


Na parte de bebidas, além de umas poucas cervejas geladas e de sadios sucos de laranja, caprichamos bem era nos rum punches, sabor aveludado com o uso de água de coco como um dos ingredientes. A Ana ficou especialista na sua confecção. Entre um mergulho e outro, entre uma ilha e outra, sempre tínhamos a nossa jarra pronta para saborear.

Uma velha loba do mar, na grande barreira de corais, em Belize

Uma velha loba do mar, na grande barreira de corais, em Belize


De resto, só posso dizer que foi uma experiência incrível, ver e sentir de perto como funciona um veleiro e como seria viver no mar. Na parte de dentro da barreira de corais, exceto em poucas situações, o mar é sempre tranquilo e nem a Ana teve problemas de enjoo. A gente observou o uso das velas, como se joga ou se recolhe uma âncora, a escolha do melhor lugar para “estacionar” e como dirigir o timão. Foram três dias que nos ajudarão e responder nossa eterna pergunta: poderíamos ou não passar alguns anos dentro de um barco desses, conhecendo aquelas partes do mundo em que a Fiona não pode nos levar?

A bordo do Rob, nossa casa nesses 3 dias velejando pela grande barreira de corais de Belize

A bordo do Rob, nossa casa nesses 3 dias velejando pela grande barreira de corais de Belize


É claro que só tivemos noções básicas e navegamos apenas por um mar tranquilo. Mas é preciso começar em algum lugar, certo? E nós começamos por aqui, na barreira de corais de Belize, a bordo do The Rob, “capitaneados” pelo nosso agora muito amigo Gaston, que nos levou com segurança e conforto por esses três dias inesquecíveis. Já de volta à Hopkins, a despedida foi calorosa, com uma pequena esperança de reencontro em poucos dias, na Guatemala. Mas, se não for por lá, será em algum outro lugar desse mundão, que não é tão grande assim... Meu caro Gaston, muito obrigado pela oportunidade e aprendizado!

Despedida do nosso capitão e amigo, o holandes Gaston, já em terra firme, em Hopkins, no litoral sul de Belize

Despedida do nosso capitão e amigo, o holandes Gaston, já em terra firme, em Hopkins, no litoral sul de Belize

Belize, Hopkins, Tobacco Caye,

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Post anterior Praia em Hopkins, no litoral sul de Belize

Para Hopkins e Mais Além...

Post seguinte Chegando à Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize

Velejando em Belize - O Percurso e as Ilhas

Comentários (2)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 28/03/2013 | 20:00 por Helder Geraldo Ribeiro

    Que bacana, gosto muito destas histórias com experiências que ficam para a vida toda. E que mar azul, hein? Bonito demais.

    Parabéns,
    Helder

    Resposta:
    Olá Helder

    Pois é, quando aparece uma oportunidade dessas, temos de aproveitar! Como vc mesmo disse, são experiências que vamos levar para o resto das nossas vidas.

    Quanto ao mar, sem comentários! As imagens falam por si, hehehe

    Um grande abraço para vc e para minha querida BH

  • 28/03/2013 | 14:43 por Lurdes

    Fantástica estadia,uma abençoada Páscoa

    Resposta:
    Obrigado Lurdes

    Ótima e abençoada páscoa para vc tb!

    Um grande abraço

Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet