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Rosário e Um Pouco da História Argentina - 2a Parte

Argentina, Rosario

A cidade de Rosário, na Argentina

A cidade de Rosário, na Argentina


Rosas, um rico estancieiro e teoricamente um federalista, se tornou líder da mais rica das províncias, justamente a província de Buenos Aires, logo após ajudar as tropas federalistas a vencer as forças unitaristas. Pelos próximos 20 anos, se transformou, na prática, no líder inconteste de todo o país. Apesar de, teoricamente, presidir apenas a sua província, ninguém ousava contestá-lo. Aliás, os que ousavam, terminavam nas salas de tortura da poderosa polícia política do regime, outra invenção desse primeiro caudillo a ser imitada por muitos dos caudillos posteriores. O poder de Rosas só ruiu quando levou o seu país a uma derrota fragorosa contra inimigos externos, incluindo o Império do Brasil. Acabou se exiliando na Inglaterra, onde viveu até sua morte. Um dos principais nomes da história argentina só começou a ser reabilitado recentemente, quando Menem resolveu trazer seu corpo de volta e enterrá-lo na Argentina. Mesmo assim, ainda não encontramos nenhuma rua, avenida ou beco que fizesse homenagem a essa figura controversa.

Monumento ao General Belgrano em Rosário, na Argentina

Monumento ao General Belgrano em Rosário, na Argentina


Uma das pessoas que teve atuação decisiva para derrubar Rosas foi um antigo aliado seu e presidente da província de Entrerrios, Justo Jose Urquiza. Afastado o antigo caudillo, Urquiza se tornou o próximo líder e convocou um congresso para, finalmente, escrever uma constituição. Urquiza, assim, se tornou o primeiro presidente constitucional do país, selando também a vitória do unitarismo e de um governo centralizado. A única província que se rebelou foi justamente a de Buenos Aires, que manteve-se afastada do país até o fim de seu mandato. De qualquer maneira, hoje é muito comum ver o nome de Urquiza nas cidades argentinas.

Pescadores e pedestres ao lado do rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Pescadores e pedestres ao lado do rio Paraná, em Rosário, na Argentina


Caminhando entre o rio Paraná e antigos armazéns, hoje tranformados em oficinas de arte, em Rosário, na Argentina

Caminhando entre o rio Paraná e antigos armazéns, hoje tranformados em oficinas de arte, em Rosário, na Argentina


O próximo presidente, agora sim com todo o país reunido, foi Bartolome Mitre. Foi em seu governo que Buenos Aires foi definitivamente escolhida para ser a capital do país. A outra séria candidata foi justamente Rosário, escolhida pelo legislativo, mas renegada pelo executivo, tanto por Mitre como pelo próximo presidente, Sarmiento. Os governos desses dois presidentes também foram marcados pela guerra mais sangrenta da história do continente, quando Brasil, Uruguai e Argentina venceram o Paraguai de outro caudillo famoso, Solano Lopez.

Grandes cargueiros navegam no rio Paraná em Rosário, na Argentina

Grandes cargueiros navegam no rio Paraná em Rosário, na Argentina


Grandes cargueiros navegam no rio Paraná em Rosário, na Argentina

Grandes cargueiros navegam no rio Paraná em Rosário, na Argentina


Enfim, Mitre também marcou seu nome na história e nas avenidas hermanas e foi sucedido por Domingo Faustino Sarmiento. Este, jornalista e escritor, investiu pesadamente em educação, mudando para sempre a face de seu país. Apesar de seu governo não ser muito popular naquela época, hoje ele é considerado como um dos melhores de todos os tempos pelos historiadores. Portanto, muito justo que encontremos tantas praças e ruas com o seu nome!

O belo passeio público nas margens do rio Paraná, em Rosário, na Argentina

O belo passeio público nas margens do rio Paraná, em Rosário, na Argentina


Agora já sabemos de onde vem todos os artistas de semáforo que operam no Brasil! (em Rosário, na Argentina)

Agora já sabemos de onde vem todos os artistas de semáforo que operam no Brasil! (em Rosário, na Argentina)


Foi justamente o ministro da educação de Sarmiento, Nicolas Avallaneda, que o sucedeu. Vindo desta área, continuou as reformas educacionais de seu predecessor. Mas, infelizmente, seu governo também é lembrado por outro “feito”. Foi ele que conquistou o “deserto” da patagônia, matando milhares de índios no processo. Até então, toda essa área era “terra de ninguém” e o país praticamente duplicou de área em seu governo. Pior para os índios, melhor para os imigrantes, que continuavam a chegar ao país aos milhares e buscavam terras para plantar. Então, sob um ponto de vista econômico e político, a tal “Campanha do Deserto” foi um grande sucesso. E assim, Avallaneda também ganhou seu quinhão de ruas e avenidas.

O belo e chique Boulevard Oroño, em Rosário, na Argentina

O belo e chique Boulevard Oroño, em Rosário, na Argentina


O belo e chique Boulevard Oroño, em Rosário, na Argentina

O belo e chique Boulevard Oroño, em Rosário, na Argentina


Por fim, que o sucedeu foi exatamente o seu ministro da guerra, que idealizou e liderou a campanha para a conquista da Patagônia. Seu nome: Julio Roca, outra figurinha fácil na lista de nomes de logradouros. Certamente falarei mais dessa “vitoriosa” campanha quando estivermos viajando pela Patagônia. Enfim, chegamos assim a virada do séc. XIX para o XX e, com isso, já podemos entender boa parte dos nomes que tanto aparecem nos catálogos de endereços. No séc. XX, o grande nome da história seria Perón, mas esse, estranhamente, não aparece tanto como esses do séc. anterior. Pelo menos, não que percebêssemos.

Frase de autoajuda, as margens do rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Frase de autoajuda, as margens do rio Paraná, em Rosário, na Argentina


Igreja no Boulevard Oroño, em Rosário, na Argentina

Igreja no Boulevard Oroño, em Rosário, na Argentina


E assim volto ao nosso passeio em Rosário. Após uma rápida caminhada pelo centro com seus prédios de arquitetura clássica, chegamos ao grande marco da cidade e um dos principais do país: o monumento da Bandeira Nacional. Pois foi aqui que o General Belgrano criou a bandeira da Argentina, ainda no início de suas campanhas militares para libertar o país. Além da grandiosidade do próprio monumento, podemos aproveitar a vista que se tem do rio Paraná, que corre ali embaixo e nos chama para a sua orla, quase como um ímã.

Praia de riobastante movimentada,  perto da ponte que cruza o rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Praia de riobastante movimentada, perto da ponte que cruza o rio Paraná, em Rosário, na Argentina


E para lá seguimos, não sem antes passar m outro monumento, dessa vez homenageando o próprio Belgrano. Por fim, atravessamos a rua e chegamos à Costanera, o passeio público que segue toda a orla do rio. Aí, podemos admirar os enormes cargueiros que vem do oceano e chegam até aqui, trazendo e levando produtos para todo o mundo. Além deles, há também as famílias e os pescadores que vem se divertir por esse enorme parque, a maior área verdade da cidade. Caminhar por aí é uma delícia, entre o rio e antigos armazéns que foram transformados em oficinas de arte.

Praia de riobastante movimentada,  perto da ponte que cruza o rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Praia de riobastante movimentada, perto da ponte que cruza o rio Paraná, em Rosário, na Argentina


Nós percorremos toda a Costanera Sur, até o Boulevard Oroño, uma linda avenida que já foi o ponto mais chique da cidade há um século. Aí morava toda a classe alta da cidade, em mansões luxuosas cercadas por enormes jardins. Muitas delas continuam de pé, transformadas em universidades ou bancos. É um local onde as pessoas vem aproveitar das sombras das árvores e fazer seu exercício todo final de tarde. E depois, encontrar um bom restaurante entre os muitos que aí estão. Foi o que fizemos, nos deliciando com a comida e com a vida que passava a nossa frente. Depois, outra caminhada, já no escuro e agora pelas ruas mais centrais, de volta ao nosso hotel.

Molhando os pés no rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Molhando os pés no rio Paraná, em Rosário, na Argentina


Rosário, na Argentina, na beira do rio Paraná

Rosário, na Argentina, na beira do rio Paraná


No outro dia pela manhã, já com a bagagem na Fiona, foi a vez de seguirmos à Costanera Norte. Aí estão as principais praias fluviais de Rosário e nós queríamos aproveitar o dia de sol intenso na cidade. Escolhemos uma das mais famosas, chamada Florida, e aí passamos umas duas horas. Deu até para lanchar e tomar uns refrescos, além de admirar a bela fauna local. Fomos também nos molhar no rio, o mesmo rio lá do nosso estado do Paraná, no Brasil. Ele não parece se importar com sua nacionalidade, se é brasileiro ou argentino. Com tranquilidade e sabedoria, simplesmente corre para o mar. Aqui ele é muito mais largo e, de onde estávamos, tínhamos uma ótima visão da bela ponte que atravessa para o outro lado. Esse não é o nosso caminho agora, já que ele segue em direção ao Uruguai. Quem sabe uma outra vez... Agora, seguimos mesmo é para o sul, rumo à capital federal, a última cidade que nos resta daquela lista das maiores cidades do país...

Feliz da vida em dia de muito sol em  praia do rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Feliz da vida em dia de muito sol em praia do rio Paraná, em Rosário, na Argentina

Argentina, Rosario, Arquitetura, história, rua

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