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O Vermelho e o Negro - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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O Vermelho e o Negro

Trinidad e Tobago, Port of Spain, San Fernando (Pitch Lake e Pointe-à-Pierre), Caroni

Guarás chegam às centenas, no fim da tarde, ao dormitório no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago

Guarás chegam às centenas, no fim da tarde, ao dormitório no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago


Logo cedinho, enquanto ainda comíamos nosso café da manhã, chegou o Carlos, um sujeito com mais de 1,95 metros de altura que seria o nosso guia e motorista de hoje. Resolvemos montar um passeio por algumas das principais atrações da ilha, incluindo transporte e guia. Com a ajuda da nossa guest house, contatamos o Carlos, muito bem recomendado. Foi, por assim dizer, um gol de placa.

Com nosso guia Carlos na reserva em Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago

Com nosso guia Carlos na reserva em Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago


Das três atrações a serem visitadas, duas envolviam pássaros. E o Carlos é um legítimo amante e conhecedor dos pássaros, um "birder", como ele se definiu. O que lhe dá mais prazer é andar pela natureza, armado de um bom binóculo e câmera fotográfica, ouvidos atentos, procurando essas criaturas aladas, de todas as cores, formas e tamanhos. Das quase quinhentas espécies do país, ele conhece quase todas pelo nome e muitas pelo canto.

Superfície argilosa do Pitch Lake, região de San Fernado, em Trinidad e Tobago

Superfície argilosa do Pitch Lake, região de San Fernado, em Trinidad e Tobago


Mas a primeira visita de hoje nada tinha a ver com pássaros. Fomos até quase o sul da ilha, abaixo da segunda maior cidade do país, San Fernando, para ver o Pitch Lake, um dos poucos lagos naturais de piche do mundo. Uma espécie de vulcão que não deu certo, a natureza fica empurrando lá de baixo toneladas e toneladas desse material negro e viscoso todos os dias. O resultado é esse lago que vem sendo explorado pelos humanos há centenas de anos. Primeiro pelos nativos de Trinidad para selar suas cabanas, depois pelos espanhóis para selar seus navios e, em tempos modernos, na fabricação de asfalto. Boa parte do piche usado pelos chineses na construção da infraestrutura das Olimpíadas de Pequim veio daqui. Hoje em dia, o consumo mais ou menos equivale ao que a natureza jorra. Cálculos feitos indicam que, a se manter o ritmo da exploração, serão precisos 400 anos para esgotar o lago. É... sendo assim, nem dá para se preocupar muito.

Pitch Lake, região de San Fernado, em Trinidad e Tobago

Pitch Lake, região de San Fernado, em Trinidad e Tobago


O lago é duro e podemos caminhar sobre ele. Quer dizer, duro, pero no mucho. Tem uma consistência meio argilosa, bem distinto de terra firme. Uma atração completamete diferente das que temos visitado por este continente afora.

Brincando com o piche do Pitch Lake, região de San Fernado, em Trinidad e Tobago

Brincando com o piche do Pitch Lake, região de San Fernado, em Trinidad e Tobago


Antes da segunda atração, não tão grotesca, ainda tivemos tempo de entrar rapidamente em San Fernando e ir naquele que já foi o maior shopping do país. Shopping, desnecessário dizer, é igual em qualquer lugar do mundo. O mesmo por aqui. Foi só um pit-stop rápido para almoçarmos, já que não teríamos outro horário. De lá seguimos para a primeira refinaria de petróleo e gás do país. Visita a uma refinaria? Pois é!

Refinaria de Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago

Refinaria de Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago


O que a torna tão especial é que no final da década de 60 eles resolveram criar, dentro da área da refinaria, uma área para preservação e criação de pássaros em perigo de extinção. Se isso fosse hoje, já seria de bater palmas. Mas eles terem feito isso há mais de 40 anos, quando quase não se falava de meio ambiente, realmente é de tirar o chapéu. Estavam bem à frente do seu tempo! O nome da iluminada refinaria: Pointe-à-Pierre.

Guará na reserva de Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago

Guará na reserva de Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago


Patos na reserva de Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago

Patos na reserva de Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago


Lá dentro fazemos uma pequena trilha guiada onde se pode ver dezenas de espécies de pássaros, a maioria livre mas também alguns engaiolados, principalmente para facilitar sua reprodução. Também há uma flora variada, um lago muito agradável e até jacarés. Sem esquecer do concorrente dos ares dos pássaros, os morcegos.

Jacaré na reserva Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago

Jacaré na reserva Pointe-à-Pierre, próximo à San Fernando, em Trinidad e Tobago


Barcos nos levam no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago

Barcos nos levam no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago


Daí voltamos para perto de Port of Spain, para uma mistura de pântano e mangue formado pelo rio Caroni no seu encontro com o mar. Ali, num barco repleto de turistas, mas eu e a Ana na posição de diretoria, sós no banco da frente, fomos para um lago no meio do mangue para assistir ao maior espetáculo da vida selvagem desse ano de viagem. O local deve ser o melhor lugar do mundo para se observar um pássaro nosso velho conhecido: o guará vermelho. Desde o Maranhão que temos cruzado com ele, mas absolutamente nada parecido com o que vimos hoje. Foram centenas e centenas deles, misturados com as garças brancas, em revoadas espetaculares em direção às árvores-dormitório. Algo emocionante de se ver!

Chegando a um lago no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago

Chegando a um lago no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago


Três barcos lotados de turistas embasbacados e aquelas aves de um vermelho vivíssimo cortando o céu azul ou o verde das árvores, revoada atrás de revoada, todas terminando naquela árvore que foi se enchendo de manchas vermelhas. De longe, pousados, pareciam flores. Apesar da distância, podia-se ouvir a gritaria deles. Imagino que, mais tarde, se calariam, pois daquele jeito nenhuma criatura poderia dormir e a árvore não poderia ser chamada de dormitório - hehehe.

Guarás chegam às centenas, no fim da tarde, ao dormitório no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago

Guarás chegam às centenas, no fim da tarde, ao dormitório no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago


Árvore dormitório dos guarás no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago

Árvore dormitório dos guarás no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago


E de lá voltamos para casa, ainda emocionados com o espetáculo, felizes com o passeio triplo e com nosso novo amigo, o Carlos, que com sua pronúncia ao mesmo tempo clara e engraçada de inglês, nos encheu de conhecimentos, não só de pássaros mas também do país, de suas cidades, do seu povo e sua cultura. Muito legal mesmo! Tivemos nosso dia de Stendhal, do negro do piche ao vermelho dos guarás, Le Rouge et le Noir.

Nossa pousada em Port of Spain, após um longo dia de passeios em Trinidad e Tobago

Nossa pousada em Port of Spain, após um longo dia de passeios em Trinidad e Tobago

Trinidad e Tobago, Port of Spain, San Fernando (Pitch Lake e Pointe-à-Pierre), Caroni, Trinidad, Caroni

Veja todas as fotos do dia!

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Em Port of Spain

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Praia em Trinidad

Blog da Ana Guarás chegam às centenas, no fim da tarde, ao dormitório no pântano/mangue de Caroni, próximo à Port of Spain, em Trinidad e Tobago

Santuário de piche e pássaros

Comentários (3)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 24/03/2011 | 16:29 por Ana Paula Freitas

    Queridos Amigos, Ana e Rodrigo, minha Amiga Suzana Gabriela me apresentou a vocês a algum tempo. Desde então, fico fascinada com os encantos destes lugares maravilhosos por onde visitamos. Cada dia uma nova descoberta fantástica. Hoje adorei os Guarás em suas árvores dormitórios. Parecem Papoulas em manhãs de primavera.
    Fico feliz por vocês nos proporcionarem estes momentos fabulosos. AH! Adorei essa coisa de serem livres juntos.
    Ate a próxima.
    Beijinhos
    Ana Paula Freitas.

    Resposta:
    Oi Ana
    Que bom que vc gosta dos blogs e das histórias que relatamos. Afinal, é por isso que escrevemos, né?
    A revoada dos guarás foi realmente fantástica, uma experiência inesquecível que nos deixava arrepiados, a cada novo bando de 40, 50 pássaros vermelhos cruzando os céus.
    ESperamos ver vc em breve por aqui, no blog. Cada comentário que recebemos nos arranca sorrisos!
    Abs

  • 22/03/2011 | 08:57 por SHEILE

    OII RODRIGO, nossa cada paisagens lindas maravilhosas, gostei muitoooo! cada aventura né ,para se guardar pra vida toda!um enorme abraço pra vc e sua esposa.

    Resposta:
    Oi Sheile
    Realmente, lembranças para uma vida inteira, que tentamos sempre compartilhar com vcs! As paisagens são ainda mais belas do que as fotografias conseguem mostrar... Tem valido muito à pena!
    Um abraço para vc também

  • 21/03/2011 | 20:00 por mario sergio silveira

    Olá Rodrigo,gosto muito do jeito que vc escreve. É bom viajar junto com voces, embora preferisse estar de corpo presente. Bela foto aquela de voces juntos. Bela esposa. Grande abraço.

    Resposta:
    Pois é, continuamos esperando seu "corpo presente" por aqui!
    A esposa (ou filha) realmente é muito bela, heheehe!
    Um forte abraço!

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