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Na Capital do Alaska - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Na Capital do Alaska

Alaska, Juneau

Visita à belíssima Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Visita à belíssima Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Saímos de Haines no final da tarde do dia 25, após um último e memorável encontro com ursos no rio Chilkat. Depois, uma rápida burocracia e já estávamos a bordo de um barco com cinema, restaurante, bar, vários decks, sala de estar, enfim, bem confortável. O circuito, dentro da chamada “Inside Passage”, é completamente plano, pois as ondas não chegam até aqui. Parece que estamos no asfalto e, na parte de dentro do barco, muitas vezes até esquecemos que estamos navegando. A única coisa chata foi o tempo. Essa região do Alaska é uma das mais chuvosas do mundo, principalmente nessa época. De qualquer maneira, nesse nosso primeiro trecho de ferry, uma curta viagem de 4 horas, já estava escuro e não teríamos vista, mesmo sem chuva.

Fiona embarcada para a viagem de ferry em Haines, no sudeste do Alaska

Fiona embarcada para a viagem de ferry em Haines, no sudeste do Alaska


Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska

Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska


Chegamos à Juneau, a capital do Alaska, um pouco antes das 11 da noite. A grande maioria dos portos do ferry nas cidades da Inside Passage são longe do centro, o que dificulta bastante a vida de quem não tem carro. Não é o nosso caso, claro! Rapidamente a Fiona nos levou para o centro e lá nos instalamos para uma merecida noite de sono. Inclusive, como amanheceu frio e chovendo, demos uma esticada na nossa cama quentinha.

Medenhall Glacier e Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier e Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska


Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Juneau não é maior cidade do estado. Nem a segunda, nem a terceira. Não tem acesso rodoviário, então é como se estivéssemos em uma ilha. É uma cidade relativamente nova, com pouco mais de 100 anos de idade. Foi criada na época da Corrida do Ouro, no final do século XIX. Começou como um acampamento de mineração e rapidamente evoluiu para uma vila. Foi nessa época em que o governo central americano decidiu se instalar de vez na área. Até então, antes da descoberta de ouro, o Alaska era mais uma colônia do que qualquer outra coisa. A capital ainda era Sitka, a mesma da época russa, 30 anos antes. Resolveram colocar os prédios governamentais por aqui e Juneau virou a nova capital, uma importante cidade na rota de quem subia para Dawson, no Canadá.

Aproximando-se dos icebergs que se desprendem da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Aproximando-se dos icebergs que se desprendem da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Hoje ela está na rota dos cruzeiros que transitam pela Inside Passage durante a temporada e são eles que movimentam a economia da cidade. Nós chegamos exatamente na véspera da partida do último cruzeiro do ano. Foram mais de 900 mil visitantes essa temporada e os próximos só chegarão em Maio do ano que vem. Até lá, boa parte dos passeios, tours e atrações da região simplesmente fecham ou ficam inacessíveis para quem não tem um barco ou helicóptero próprio. Neste caso, nem a nossa super Fiona pode nos ajudar...

Icebergs e suas formas pontiagudas, na Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Icebergs e suas formas pontiagudas, na Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Foi assim que a principal atração da área de Juneau, a Glacier Bay, ficou completamente além dos nossos limites. Só se chega nesse fiorde tomado pelo gelo trazido por uma enorme geleira de barco. Ligamos para várias agências e eles perguntavam surpresos, porque tínhamos deixado para ir lá só agora. O último passeio tinha sido ontem! A única possibilidade era fretar um barco por 3 mil dólares... Enfim, ficou para a próxima! Precisamos nos ater apenas às atrações em que não dependêssemos de ninguém nos levar. Soma-se a isso a chuva insistente e não sobrou muito para ver ou fazer.

Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska

Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska


Mesmo assim, bastou nosso passeio à Mendenhall Glacier para já fazer valer a pena nossa parada em Juneau. Esta enorme geleira está a poucos quilômetros da cidade e nós podemos chegar até lá de carro, ao bem equipado centro de informações. Aí, com uma grande parede de visro, tempos uma visão fantástica da geleira, mesmo com a chuva caindo lá fora. Aproveitamos para ler sobre a história e geologia lugar e rapidamente constatamos que essa é mais uma das geleiras que está se contraindo rapidamente. Várias fotos centenárias, e mais recentes também, de turistas visitando a área nos mostram que a geleira perdeu quase duas milhas no último século. O tal aquecimento global até pode ser colocado em dúvida em alguns lugares, mas aqui, só um tolo duvidaria dele. Na pior das hipóteses, é um aquecimento local!

Nugget Falls, ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Nugget Falls, ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Aliás, aprendo aqui também que esta geleira cresceu muito na chamada “pequena era glacial”, há cerca de 300 anos. Portanto, ontem! Em compensação, nesses últimos 200 anos, foi uma das geleiras que mais diminui no Alaska e no planeta. Literalmente, essa diminuição pode ser vista com os olhos, num vídeo filmado ao longo da última década, que acelera as imagens. Preocupante!

Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Depois da aula, São Pedro deu um respiro e nós aproveitamos para caminhar até bem perto da geleira. Há um lago de água gelada (claro!) em frente à geleira e nele, vários pequenos icebergs navegam para lá e para cá, ao sabor dos ventos e da corrente. O gelo é bem azul, prova de sua idade quase centenária. O gelo azul é formado quando há um peso suficiente sobre ele, capaz de expulsar todo o ar de seu interior. Para isso, é preciso tempo! O gelo que chega à base da geleira começou sua vida há mais de 60 anos como neve fresca, lá encima da montanha. Após meia década de mais neve caindo sobre ele, a compactação causada pelo peso o transforma em gelo. Mais um pouco de peso e ele começa a vencer o atrito com as rochas logo abaixo e passa a deslizar montanha abaixo. Mais peso enquanto ele passa seus anos descendo lentamente e ele vai ficando azul. Quanto mais neve e peso lá encima, mais rápido a descida, Atualmente, todo esse percurso dura seis décadas.

Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Ao descer lentamente sobre a rocha irregular, o gelo vai quebrando e formando grandes fissuras. Por isso que o vemos todo partido. Finalmente, na parte de baixo, ele acaba se descolando e virando os icebergs que vimos flutuando no lago. Aos poucos ele derrete, segue para o mar, acaba evaporando e, finalmente, volta em forma de neve lá encima, no alto da montanha.

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Nossa caminhada foi até uma cachoeira quase ao lado da geleira, a Nugget Falls. É ela que completa o cenário de cinema. Junto com o lago cheio de icebergs, e imponente geleira e as montanhas nevadas ao fundo, parece cenário de um filme épico. Só não sabemos até quando vai durar. No ritmo que vai, não muito. Até que São Pedro envie outra mini era glacial.

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Voltamos para o Centro de Turismo, assistimos a um filme em HD absolutamente maravilhoso e emocionante sobre o Alaska e suas geleiras (até urso preto caminhando tranquilamente sobre o gelo, tinha!) e seguimos a nossa programação. Seguindo o conselho da gerente do nosso motel, fomos ao Santuário de Santa Tereza. Ela não poderia ter dado uma dica melhor!

Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


O local, ao lado do mar, em meio a um bosque, é o mais sereno que se pode imaginar. A vontade que dá é ficar ali por horas, refletindo, pensando, viajando, esvaziando a mente. Uma delícia! À nossa frente, uma baía com as águas tão calmas como um lago, à nossa volta, árvores transmitindo uma paz quase celestial, nos nossos ouvidos, pássaros cantando, intercalados com um silêncio tão gostoso como música, Pena que eu não tenha os dotes de um escritor para poder conseguir descrever em palavras a beleza e a calma do lugar. Talvez, as fotografias ajudem um pouco... Ao final da visita, ainda percorremos um labirinto de pedras no chão, formando um caminho que serve também para limparmos a mente e podermos meditar. Muito legal!

Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska

O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska


Voltamos para o motel e nossa saída para tomar uma cerveja de noite não deu muito certo. A Ana não levou a identidade e foi barrada. São muito estritos por aqui, nesse ponto. Mas voltamos à carga no dia seguinte, depois de um dia de muita chuva, muito hotel e muito trabalho nos posts. Agora, merecíamos um vinho e ninguém poderia nos negar. Com documentos em mãos, fomos a um restaurante badalado com bela vista para o mar e celebramos nossa passagem pela simpática Juneau com vinho e Camembert tostado. Uma delícia! Mas voltamos cedo para o motel, pois amanhã a viagem começa cedo! Temos de estar às seis da manhã no porto! Próximo destino, a cidade mais russa das Américas, um pedacinho da Ásia por aqui, Sitka.

Nosso lanche, um camembert tostado acompanhado de geleia e vinho, em Juneau, a capital do Alaska

Nosso lanche, um camembert tostado acompanhado de geleia e vinho, em Juneau, a capital do Alaska

Alaska, Juneau, geleira, Mendenhall Glacier

Veja todas as fotos do dia!

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Juneau: História, Glaciares e Labirintos

Comentários (3)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 21/04/2014 | 19:55 por Lizandra

    Oi Rodrigo e Ana

    Estou indo para o Alaska em 02 de agosto, e vou passar 3 dias em Juneau. vi que voces ficaram num motel, é possivel? Como funciona? Como um hotel? Se puderem dar dicas …

    Posso tomar a liberdade de escrever outras vezes? Vamos para Seward, Depois pretendemos subir de trem até Fairbanks e ver no meio Denali e Talkeena.

    Acham que podemos contar com moteis nestes lugares? Obrigada!!! Adorei o blog!

    Resposta:
    Oi Lizandra

    Nos Estados Unidos (e no Alaska), "motel" é apenas um hotel que fica perto da estrada. Não tem o sentido que damos no Brasil. São muito práticos e tem melhor preço que os hoteis.

    Vc pode escrever e perguntar quantas vezes quiser. Para nós é sempre um prazer se podermos ajudar. Desculpe-me por ter demorado tanto para responder, mas é que estávamos meio corridos por aqui. Nas próximas vezes, respondo rápido!

    Quanto a última pergunta, nos EUA, onde houver uma estrada, sempre haverá um motel!

    Um grande abraço

  • 25/08/2013 | 17:32 por Joana

    Ola Ana e Rodrigo,

    Antes de mais vos envio um grande abraço e um beijinho de Portugal. Quero tambem dar-vos os parabens pela vossa coragem e pelas fantasticas partilhas que tem feito destes autenticos paraisos e deliciosos coraçoes de varias culturas.

    O meu nome é Joana, tenho 20 anos. E ja ha algum tempo que sonho e planeio conhecer as americas. Principalmente a America do sul. Essa seria a minha primeira grande viagem. Sonho tambem com as savanas africanas e a incrivel fauna selvagem que por la se encontra. Penso mesmo, dentro de uns meses, emigrar para a america do sul. Tentar arranjar um trabalho e iniciar-me numa longa jornada de descobertas. Imagino que seja muito dificil a questao do desapego, mas quanto a isso sinto que ja estou preparada para partir e deixar tudo para tras. Alem de mais, sou muito jovem e tenho imenso para viver. O tempo das grandes aventuras é no agora. O que mais me preocupa e que mais me questiono é sobre a parte economica. E quanto a isso gostava de perguntar como se estao a organizar. Se trabalharam e juntaram o dinheiro necessario para a viagem, se vao trabalhando pelos paises por onde viajam, onde dormem e onde comem, se neste caso procuram hoteis e restaurantes ou se ficam apenas pelo meio da natureza na vossa fiona e uma tenda... Gostava tambem de saber se é facil encontrar trabalho pela america do sul e como esta a economia desses paises. E pergunto isto porque é de facto o meu maior obstaculo. Sou de uma familia de classe media-baixa, e ja ha 3 anos que trabalho para meu sustento. Tenho conseguido juntar algum dinheiro, mas imagino que para uma viagem assim seja necessario de facto bastante. Tambem eu nao teria problemas em passar por algumas dificuldades, pedir boleias, trabalhar em restaurantes em troca de comida e um sitio para descansar... Pensei em falar com algumas empresas e pedir patrocinios, mas imagino que nao seja facil. Porque tenho ideias de fazer um programa sobre essas viagens. Mas sao tudo pensamentos vagos. Mas tambem nao faço ideia por onde e como começar. Por isso peço-vos alguns conselhos. O que quero realmente saber é sobre as questoes economicas.

    Agradeço-vos por lerem este email.
    Continuaçao de otimas viagens e maravilhosas descobertas.
    As maiores felicidades para voces e muito amor e paz.

    Abraço do coraçao
    Joana Silva

  • 01/10/2012 | 18:11 por mabel

    Gostei muito das fotos e também do relato. Muito bom.
    Não estranhem que escrevo sempre, adoro viagens, mesmo que não sejam minhas. Curto muito.
    Quem sabe conseguirei conhecer o Alaska, pois o Canadá está nos planos.
    Coincidência vocês falarem do Santuário de Santa Tereza, hoje dia 01.10 é dia dela.

    Abraços

    Resposta:
    Oi Mabel

    Que bom que vc gosta dos relatos e, melhor ainda, que comente! Adoramos receber comentários!!!

    SEtiver mesmo a chance, não deixe de vir não! O Alaska tem paisagens maravilhosas!

    O santuário de Santa Tereza foi uma grande e maravilhosa surpresa! Adoramos! Que legal que tenha sido no mesmo dia dela, a nossa visita!

    Abs

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