0 A Ilha dos Albatrozes - 1a Parte - Blog do Rodrigo - 1000 dias

A Ilha dos Albatrozes - 1a Parte - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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A Ilha dos Albatrozes - 1a Parte

Falkland, Steeple Jason

Casal de albatrozes-de-sobrancelha em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Casal de albatrozes-de-sobrancelha em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Nosso primeiro ponto de desembarque no arquipélago das Malvinas foi em uma pequena ilha chamada Steeple Jason, pertencente ao grupo das Jason Islands, no extremo noroeste dessa possessão britânica no Atlântico Sul. Apesar da história interessante e da beleza magnífica da paisagem, foi uma outra coisa que nos atraiu a esta ilha: a quantidade enorme de pássaros que moram aí ou a usam para reprodução. Vida selvagem, assim como paisagens desoladas e grandiosas é o que mais atrai turistas a esta parte do mundo. Se for mesmo isso, Steeple Jason é um ótimo lugar para se iniciar essa viagem de exploração.

Nosso roteiro e pontos de parada em Falkland (Ilhas Malvinas)

Nosso roteiro e pontos de parada em Falkland (Ilhas Malvinas)


Nossos dois desembarques de hoje foram em ilhas localizadas no limite noroeste de Falkland: Steeple Jason e Carcass Island

Nossos dois desembarques de hoje foram em ilhas localizadas no limite noroeste de Falkland: Steeple Jason e Carcass Island


A ilha é o local da maior colônia do mundo do “Black-browed Albatross”, ou Albatroz de Sobrancelha, em português. Além disso, também são muitas as espécies de gansos selvagens, petrels, skuas, os carniceiros caracarás e algumas pequenas aves endêmicas. E, claro, não poderiam faltar as aves-símbolo do sul do planeta, os pinguins.

Milhares de pássaros voam e cantam quando o dia nasce em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Milhares de pássaros voam e cantam quando o dia nasce em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Essa mancha brana é uma enorme colônia de albatrozes-de-sobrancelha, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Essa mancha brana é uma enorme colônia de albatrozes-de-sobrancelha, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Pinguins, aliás, que começamos a compreender cada vez mais. Primeiro, através das excelentes palestras do nosso ornitólogo no Sea Spirit, o simpático irlandês Jim. E segundo, na prática, começando a ver essas aves no mar e nos locais onde desembarcamos. A primeira coisa ensinada é que o termo “pinguim” não se refere a uma espécie, mas a toda uma família de aves, com vários gêneros e diversas espécies incluídas. Como a classificação de espécie não é uma coisa muito fácil, os cientistas ainda divergem sobre o número existente delas entre os pinguins que hoje habitam o nosso planeta. O número varia de 17 a 22, pois muitas vezes há controvérsias se uma determinada espécie não seja, na verdade, apenas uma “sub-espécie”, ou seja, que o cruzamento entre elas geraria descendentes férteis. Enfim, o fato é que são muitos tipos e, só hoje, vimos três deles: os gentoos, os magellanics e os rockhoppers.

Com o Sea Spirit ao fundo, temos nosso primeiro contato com pinguins gentoo, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Com o Sea Spirit ao fundo, temos nosso primeiro contato com pinguins gentoo, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Pinguins gentoo, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Pinguins gentoo, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


A principal característica da família dos pinguins é que são aves aquáticas que perderam sua habilidade de voar, já que as asas se transformaram em verdadeiras nadadeiras. Não voam, mas são as aves que melhor sabem nadar e mergulhar, completamente adaptados à vida marinha. Por exemplo, bebem água salgada, o sal é filtrado do sangue e escorre num líquido viscoso através de suas narinas. Também as suas cores características, barriga branca e costas escuras, são adaptações ao meio em que vivem, para ajudar a se camuflar de seus predadores marinhos. Os pinguins não tem predadores terrestres naturais (a única exceção era o lobo das Malvinas, já extinto pelo homem. Mostrei essa triste história aqui). No mar, essas simpáticas aves são caçadas por orcas, tubarões e algumas espécies de focas. Como esses predadores atacam por baixo, o branco da barriga os esconde na claridade da superfície. Já as costas negras ajudam a disfarçar os pinguins no escuro do oceano para quem os ataca por cima, as grandes aves de rapina. Em terra firme, os pinguins conseguem se defender dessas aves na base da força e tamanho mesmo e as principais vítimas são os filhotes desprotegidos.

Piguins gentoo em praia de pedras de Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Piguins gentoo em praia de pedras de Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Piguins gentoo em praia de pedras de Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Piguins gentoo em praia de pedras de Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Outra característica comum é a maneira engraçada e desengonçada com que caminham em terra firme. Além disso, nenhum deles parece ter muito medo do homem, consequência da ausência de predadores naturais nesse ambiente por tantos milhares de anos. Por isso, até hoje ainda é possível chegar tão perto dessas aves. E é quando fazemos isso que fica claro quantas diferenças existem entre os diversos gêneros e espécies dessa grande família. Para nós, que os estamos vendo de tão perto agora, isso está ficando mais claro do que nunca e eu ainda vou falar muito de pinguins nos próximos posts, especialmente quando chegarmos à Geórgia do Sul, onde vivem perto de um milhão deles.

Com o colete salva-vidas esperando o próximo zodiac em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Com o colete salva-vidas esperando o próximo zodiac em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Caminhando entre pinguins gentoo, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Caminhando entre pinguins gentoo, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Enfim, entramos nos zodiacs loucos para por o pé no chão novamente, depois de mais de três dias em alto-mar. Passada essa vontade quase instintiva, todos os nossos sentidos se viraram para a beleza da paisagem que nos cercava e para a vida que ali habitava. A primeira coisa a fazer quando chegamos em terra é nos livrar do colete salva-vidas, que ficará ali guardado até a hora de voltarmos ao barco. Depois, ouvimos as instruções iniciais, tipo “Não cheguem perto demais dos bichos! Respeitem o limite das bandeiras sinalizadoras! Não sumam!” e começamos a explorar.

Um ganso upland, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Um ganso upland, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Um kelp goose voa em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Um kelp goose voa em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Logo ali ao lado da área de desembarque já encontramos um enorme bando de pinguins gentoo. São a terceira maior espécie de pinguins, atrás apenas dos pinguins “Rei” (vamos vê-los em Geórgia do Sul) e “Imperador”, o maior de todos (esses, só veremos com muita sorte, pois vivem mais ao sul de onde vamos chegar, na Antártida). Os gentoos chegam a medir 90 cm de altura e pesar mais de 8 quilos. São os mais rápidos pinguins embaixo d’água, atingindo a incrível velocidade de 30 km/h. Eles são facilmente reconhecidos pela mancha branca no topo da cabeça.

Fotografando um caracara em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Fotografando um caracara em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Um belo caracara, ave de rapina em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Um belo caracara, ave de rapina em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Ao lado do bando e da colônia, vários caracarás, uma ave de rapina de aspecto ameaçador bem grande também. Seria uma boa briga, um deles contra um gentoo adulto, mas os pinguins são conhecidos pela força que têm, meio desproporcional ao seu tamanho. Deve ser o exercício abaixo d’água! Enfim, os caracarás não se arriscam contra um indivíduo adulto, mas ficam de olho nas “crianças” e nos ovos. Por isso um casal de pinguim não pode nunca abandonar o seu ninho, macho e fêmea fazendo rodízio entre buscar comida e tomar conta do ovo. Quando se distraem, o caracará não perdoa. Os pequenos pinguins, quando crescem um pouco, passam a fazer parte de uma “creche”, vários deles andando juntos sob os olhos atentos de algum adulto.

Um caracara nos observa em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Um caracara nos observa em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Caracaras vigiam um grupo de pinguins gentoo em busca de alguma oportunidade, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Caracaras vigiam um grupo de pinguins gentoo em busca de alguma oportunidade, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Mas essa é a natureza e não um desenho animado para crianças. Assim, sempre alguém vai fazer alguma besteira e os caracarás vão aproveitar. Já no navio somos advertidos a não intervir nesse “processo”. O filhote de pinguim pode ser fofinho, mas os caracarás têm de se alimentar também. Não só eles, mas também as skuas e os petrels. Os pinguins que fiquem de olhos abertos! Se todos eles pudessem crescer sadios e fortes, logo haveria uma superpopulação deles e quem pagaria o pato seriam os pequenos peixes, crustáceos e lulas que formam a base da alimentação dessa aves.

Pinguins gentoo nos recebem em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Pinguins gentoo nos recebem em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas


Falando em “pagar o pato”, também se vê muitos gansos na ilha. Alguns voam e outros não. As Malvinas são o lar de algumas espécies de gansos que não sabem voar, contentando-se com o solo e a água. Aqui também, pais sempre espertos para proteger seus filhotes das aves de rapina.

Pinguins rockhopper e suas características penas amarelas no rosto, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Pinguins rockhopper e suas características penas amarelas no rosto, em Steeple Jason, no noroeste das Ilhas Malvinas

Falkland, Steeple Jason, Bichos, Pinguim, albatroz

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