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A Batalha Milenar

Hawaii, Big Island-Volcano

A contínua batalha entre as deusas dos vulcões e do mar, em pintura no museu do Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

A contínua batalha entre as deusas dos vulcões e do mar, em pintura no museu do Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


O arquipélago do Havaí nada mais é do que o resultado de um confronto milenar entre dois dos elementos da natureza: o fogo e a água. E hoje nós fomos conhecer o mais recente campo de batalha dessa guerra titânica: as imediações do Kilauea, o vulcão mais ativo do mundo.

Chegando ao parque dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Chegando ao parque dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Normalmente, é apenas nas escalas de tempo geológicas que podemos acompanhar um embate dessa natureza. Mas, aqui no Havaí, ele é tão intenso que, mesmo no minúsculo tempo em que vive um ser humano, pode-se acompanhar o desenvolvimento desse confronto. É isso que torna o Havaí tão especial.

Fumarolas sainda de dentro da terra são um sinal claro de que a lava está perto! (em Volcano, na Big Island, no Havaí)

Fumarolas sainda de dentro da terra são um sinal claro de que a lava está perto! (em Volcano, na Big Island, no Havaí)


Os cientistas já decifraram o enredo principal dessa guerra. Uma enorme fonte de lavas e erupções, o chamado “hotspot”, se encontra em profundidades abissais, a mais de 6 mil metros sob o Oceano Pacífico. Entrando em erupção quase que continuamente, a lava vai se empilhando sobre si mesma, literalmente construindo uma montanha. Aos poucos, os seis mil metros são superados e a montanha submarina rompe a superfície do mar, criando uma nova ilha. A partir daí, não é apenas a montanha que cresce, mas a ilha também, transformando em terra aquilo que já foi mar. A cada nova erupção, uma nova área é “roubada” do Oceano, numa aparente vitória do fogo sobre a água.

A gigantesca cratera do Kilauea, em Volcano, na Big Island, no Havaí

A gigantesca cratera do Kilauea, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Mas a vitória é transitória. O Oceano não vai dá-la de barato. Continuamente, vinte e quatro horas por dia, 365 dias por ano, ao longo de milhares de décadas, as ondas do mar vão bater e erodir a nova costa, criando baías que se tornarão golfos e que, eventualmente, se ligarão à outros golfos do lado de lá, canais de água que dividirão a nova ilha em ilhotas menores. Depois, uma à uma, essas ilhotas serão novamente divididas e, por fim, consumidas pelo mar. O que era terra, voltará a ser água. Esse processos de “reconquista” só acontece quando a ilha se afasta do hotspot, a fonte de força do fogo.

Visita à cratera do kilauea, o vulcão mais ativo do mundo, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí

Visita à cratera do kilauea, o vulcão mais ativo do mundo, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí


Desenho explica as erupções do Kilauea, no Vulcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Desenho explica as erupções do Kilauea, no Vulcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Mas também essa aparente vitória do mar é ilusória. Enquanto ele desmancha uma ilha que se afastou do hotspot, uma outra está sendo criada um pouco atrás, ebm acima da fonte de fogo. Isso é o Havaí: uma sequencia de montanhas submarinas, algumas que já foram ilhas e hoje descansam abaixo da superfície marinha, outras que ainda são ilhas, mas se desmancham aos poucos e, por fim, ilhas que ainda estão crescendo, vigorosas. Sem esquecer das novas montanhas que estão se erguendo das profundezas do Oceano e que, em alguns milhares de anos, verão a luz do sol pela primeira vez.

Antigos havaianos observam uma erupção vulcânica, em belo quadro no museu do parque dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Antigos havaianos observam uma erupção vulcânica, em belo quadro no museu do parque dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Atualmente, são quatro ilhas principais no arquipélago. Três delas em pleno processo de “desmanche” e a quarta, ainda crescendo, a terra avançando sobre um mar violento. Estou falando da Big Island, a maior ilha do Havaí. Ela é formada pela junção de cinco grandes montanhas submarinas, entre elas as gigantes Mauna Kea e Mauna Loa, as maiores montanhas do planeta. Mas as duas já perderam seu vigor, e estão sendo lentamente erodidas pelo ar e pela água. A batalha atual é travada pelo seu irmão mais novo, mais ao sul, o vulcão Kilauea.

Trilha de acesso ao campo de lavas onde estão as antigas pictografias havaianas, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí

Trilha de acesso ao campo de lavas onde estão as antigas pictografias havaianas, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí


Em erupção praticamente constante há séculos, com períodos de maior e menor atividade, as lavas do vulcão estão constantemente adicionando novas área à ilha. E hoje, nós fomos visitar essa região, tanto o vulcão em si como aquilo que, até pouco tempo atrás era mar e hoje é um enorme campo de lava escura e endurecida.

Fazendo filmagem das antigas pictografias havaianas em campo de lavas endurecidas, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí

Fazendo filmagem das antigas pictografias havaianas em campo de lavas endurecidas, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí


Toda a área é protegida por um parque nacional, o Volcanoes National Park, bem ao lado de uma pequena cidade, apropriadamente chamada de Volcano. Foi aí que nos hospedamos, em um Bed & Breakfast de uma família japonesa. Simples, mas extremamente limpo. Desses que nossos sapatos ficam do lado de fora. Chegamos ontem de noite e, depois de instalados, passei algumas horas me deliciando com a coleção de revistas da National Geographic que els tinham por ali. Revistas da década de 50 e 60! Tanto as reportagens como as propagandas são interessantíssimas de se ver. A primeira reportagem sobre um “arriscadíssimo” mergulho noturno, hoje praticado por dezenas de milhares de estudantes, foi engraçadíssima. Assim como os anúncios daquelas enormes “banheiras”, os carros americanos da década de 60. Enfim, estou mudando de assunto...

Antigas pictografias havaianas em pleno campo de lavas endurecidas, ao longo da Chain of Craters Road, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Antigas pictografias havaianas em pleno campo de lavas endurecidas, ao longo da Chain of Craters Road, em Volcano, na Big Island, no Havaí


De volta aos vulcões, logo cedo fomos ao parque nacional, ali do lado. Como sempre, tem um ótimo centro de visitantes, cheio de informações. Após a leitura de muitos painéis, ficamos meia hora assistindo a um filme com as imagens de uma grande erupção na década de 60. As imagens são mesmo impressionantes! Fontes de lava que jorravam a mais de 600 metros de altura! Lagos, rios e cachoeiras de fogo, avançando sobre tudo, nada sendo capaz de impedir o seu deslocamento. Deu pena ver uma plantação de papaias sendo lentamente consumida. Sem pernas para correr, esperavam inertes o seu momento de serem engolidas pelo rio que avançava lentamente, destruidor. O encontro da lava com o mar é sempre violento. A água fria e salgada causa pequenas explosões, mas nem mesmo ela pode impedir o avanço daquele rio amarelo e viscoso. O mais interessante é que todo esse processo pode ser observado de perto, pois a lava dos vulcões do Havaí se movem lentamente e as erupções não são explosivas. Turistas e pesquisadores podem se aproximar, pelo menos até onde o calor irradiado permitir. Do mesmo mirante que eu e a Ana visitaríamos um pouco mais tarde, turistas se maravilhavam com a gigantesca fonte de lava jorrando, a poucos quilômetros de distância. Que inveja desses afortunados nós sentimos!

O fim da estrada, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

O fim da estrada, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Depois do centro de visitantes, fomos de carro para o tal mirante, bem na boca do Kilauea. A gigantesca cratera, com muitos quilômetros de diâmetro, é fruto de um evento de proporções titânicas, testemunhado apenas pelos antigos havaianos. A montanha ainda crescia e cuspia fogo naquela época, mas tanta lava jorrou de seu cume que um enorme espaço vazio se criou em seu interior. Por fim, a montanha desabou sobre si mesma e, de montanha, virou um buraco. Por centenas de anos, essa enorme caldeira era preenchida por um lago de lava de proporções gigantescas. Aos poucos, a lava foi se resfriando e endurecendo e hoje é uma enorme planície acinzentada, de terreno altamente instável e de onde, aqui e ali, ainda se vê fumarolas saindo do solo. Nós só podemos observar lá de cima, mas cientistas descem ali para fazer seus estudos.

O turista parece achar que a placa não era necessária... (Chain of Craters Road, em Volcano, na Big Island, no Havaí)

O turista parece achar que a placa não era necessária... (Chain of Craters Road, em Volcano, na Big Island, no Havaí)


Dentro dessa enorme caldeira uma nova cratera se formou. É chamada de Halema’Uma’U e é ela a fonte de quase todas as erupções dos últimos séculos. Dali jorrava a fonte de lava de 600 metros de altura e, ainda hoje, ela é preenchida por uma lago de lava fervente. De longe, podemos ver uma enorme coluna de fumaça e vapor se erguendo sobre ela. De noite, é possível ver a luz amarelada que vem de seu interior (pelo menos, foi o que nos disseram!). As erupções atuais, ou partem dali ou, através de conexões subterrâneas, afloram já muito mais abaixo, perto do Oceano. É de onde a lava escorre lentamente para reclamar mais áreas do Oceano e ontinuar a aumentar a Big Island.

A Chain of Craters Road foi completamente interrompida pela lava de uma erupção vulcânica, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí

A Chain of Craters Road foi completamente interrompida pela lava de uma erupção vulcânica, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí


Foi para aí que nos dirigimos, após nos maravilharmos com a gigantesca caldeira do Kilauea. Um estrada chamada Chain of Craters Road liga a caldeira com a costa sudeste da ilha, num percurso de 30 milhas. A estrada passa por várias antigas crateras, fruto de erupções laterais do Kilauea. Daí, o nome da rodovia. Por fim, ela desce em direção ao mar. Ainda lá encima, podemos ver com os próprios olhos a enorme área que foi agregada à ilha recentemente (há poucos séculos). Um enorme campo de lava negra e endurecida onde antes nadavam peixes. A grandeza da vista é de tirar o fôlego!

Explorando um gigantesco campo de lava endurecida, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Explorando um gigantesco campo de lava endurecida, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Lá embaixo, uma trilha nos leva através da lava até um local onde antigos havaianos imprimiram pictografias sobre a lava endurecida. Incrível imaginar que era ali que viviam, numa área que nos parece, pelo menos à primeira vista, completamente inóspita. Mas não é, como mostram os sinais do passado. Assim que a lava esfria, plantas vem colonizar o novo terreno. Atrás delas, os pequenos animais. E atrás deles, o homem. Um processo de colonização lento e gradual, mas que, dando tempo ao tempo, transforma aquela terra negra e estéril e florestas verdejantes cheias de vida. Vamos ver isso com os próprios olhos quando visitarmos as ilhas mais antigas do arquipélago.

Explorando um gigantesco campo de lava endurecida, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Explorando um gigantesco campo de lava endurecida, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Continuamos pela estrada até chegar à costa. Ali, é possível admirar o encontro da lava com o mar. Uma camada negra de terra, muitos metros de altura, avança sobre o Oceano que, em resposta, assola incessantemente com suas ondas o novo terreno, criando formações rochosas peculiares. Água mole, pedra dura... De centímetro em centímetro, o mar vai destruindo a rocha, pelo menos até a próxima erupção.

Caminhando por um incrível campo de lava, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Caminhando por um incrível campo de lava, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Alguns quilômetros adiante e chegamos ao fim da estrada. Até há poucas décadas, ela não acabava ali. Ao contrário, dava toda a volta no litoral, conectando-se com as praias do norte. Mas, da mesma maneira que a lava avança sobre o mar, ela também não respeita estradas. Ver um rio de lava preta escorrido sobre o asfalto da rodovia é um lembrete claro do quão recente é a erupção e de tão rápido que a paisagem está mudando.

As primeiras plantas a colonizarem o campo de lava (Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí)

As primeiras plantas a colonizarem o campo de lava (Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí)


E até engraçado ver a placa “End o the road” fincada no meio da lava. Os carros não podem passar dali, mas nós podemos. Por mais de um quilômetro, pulamos de pedra em pedra para entrar naquele mundo estranho, sem vida, novo, completamente sem cor. Parece outro planeta. Uma paisagem completamente diferente de tudo o que vimos até aqui. Mas depois, com cuidado, é possível ver o um pouco de verde, as primeiras plantas a conseguirem de fixar nesse terreno. Parece até um milagre!

O fim da trilha, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

O fim da trilha, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Nós seguimos em frente, de olho no relógio. Seria preciso caminhar cerca de 7 milhas naquele terreno estranho para chegar até onde a lava está escorrendo atualmente. É um programa de dia inteiro, tempo que não tínhamos, infelizmente. Mas ter estado ali, no meio daquele lugar tão estranho e, ao mesmo tempo, tão intenso, valeu muito a pena! Mas tínhamos de voltar, pois o dia se acabava e ainda queríamos ver outras coisas.

Entrando no túnel de lava, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Entrando no túnel de lava, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


No caminho de volta pela mesma estrada, paramos agora nos “lava tubes”, túneis criados pela lava Há poucas décadas ou séculos. Por baixo da terra ela escorria, deixando para trás esses impressionantes tuneis qu hoje podem ser percorridos a pé. Naquela hora do final do dia, era apenas eu e a Ana por ali. Felizmente, luzes ainda iluminavam o caminho, pois estávamos com lanternas com pilhas bem fracas. Imaginar um rio de lava incandescente correndo por aquele mesmo lugar sombrio foi muito legal!

Um túnel de lava, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Um túnel de lava, no Volcanoes National Park, em Volcano, na Big Island, no Havaí


Saímos do túnel já totalmente no escuro, a hora certa para voltar ao mirante e observar o reflexo do lago de lava na coluna de fumaça. Pois é, seria, se o tempo estivesse aberto. Mas não era o caso. Uma forte nebulosidade tinha tomado conta do céu, para a nossa tristeza e de todos os outros turistas que tinham ido até o mirante naquele horário. No caso deles, era ainda pior do que para a gente, pois haviam pago suas excursões de van e não tinham uma segunda chance. Nós tínhamos, com carro próprio e hospedados ali do lado. Então, voltamos para nosso hotel ainda esperançosos. Enquanto o sol não raiasse, ainda teríamos uma chance! Fiz minhas preces para a belíssima deusa havaiana dos vulcões, cruzei os dedos e voltei à coleção de National Geographics, um olho na leitura e o outro no céu...

Uma bela representação da deusa havaiana dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí

Uma bela representação da deusa havaiana dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí

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