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Pará-maribo

Suriname, Paramaribo

Comida brasileira em Paramaribo - Suriname

Comida brasileira em Paramaribo - Suriname


Paramaribo é uma cidade multifacetada, vai depender de você e das amizades que fizer lá para saber qual das facetas irá conhecer e explorar. Na nossa primeira passagem pela capital surinamesa exploramos todo o seu lado histórico, a cidade antiga de construções coloniais holandesas, igreja e prédios governamentais (fácil de achar os posts pelo menu geográfico).

Conhecemos também o dia a dia da agitada cidade de trânsito caótico, de mesquitas vizinhas a sinagogas, tak-tak, inglês e holandês, falados todos em uma mesma mesa. Naquela ocasião tivemos tempo de dar só uma passada muito rápida pelo bairro brasileiro, em busca de uma medicação na farmácia que não pede receitas, só podia ser brasileira mesmo. RS! Portanto hoje, com saudades da comidinha brasileira, resolvemos voltar àquelas redondezas para comer em uma churrascaria, a famosa “Petisco”. Um buffet com arroz, feijão (amooo!), farofa, saladas, legumes e outros acompanhamentos, completam a carne assada na churrasqueira e passada na chapa. Não é nenhum Fogo de Chão, mas a fome e as saudades fizeram parecer! Hahaha!

Churrascaria brasileira em Paramaribo - Suriname

Churrascaria brasileira em Paramaribo - Suriname


Domingão, a cidade fica praticamente toda fechada, então aproveitamos para colocar nossas coisas em dia, arrumar a Fiona e reencontrar amigos. Já havíamos combinado de rever Scott, um americano que conhecemos aqui no hotel. Enquanto o esperávamos para sair, dois amigos nos fizeram uma bela surpresa! Donovan e Elen, amigos surinameses que conhecemos em Belém, vieram nos encontrar aqui no hotel!!! Eu havia comentado com eles por email que estaríamos aqui no dia 17, e não foi que eles apareceram?! Foi sensacional! Eles estão de mudança para Belém ainda este ano, Elen é de origem javanesa, nascida no Suriname (Nieuw Nickerie, que vamos conhecer amanhã) e já foi casada com um brasileiro, com quem tem duas filhas. Por isso fala português, holandês, tak-tak e ainda um pouco de inglês! Eles irão se mudar com os filhos e abrir um restaurante de comida surinamesa em Belém. Será parada obrigatória, pois além de um cardápio super exótico que tem referências javanesas, indianas, africanas e holandesas, ela irá manter o tempero original, renovando seu estoque trimestralmente com fornecedores daqui! Sensacional, estamos torcendo por eles!

Com o Scott, a Ellen e Donovan (casal que conhecemos em Belém!), em Paramaribo - Suriname

Com o Scott, a Ellen e Donovan (casal que conhecemos em Belém!), em Paramaribo - Suriname


Logo Scott chegou e eles nos deram uma carona até o nosso bar, aqui perto do hotel. Scott está no Suriname há pouco mais de um mês, trabalhando em um projeto na área de TI. Um job que deveria durar 15 dias acabaram se tornando quase 2 meses e ele teve que se adaptar. O papo foi super divertido, falamos de tudo, desde a política e economia americana, às revoluções no Oriente Médio, a situação entre os palestinos e israelenses, até o sub-mundo de Parbo (Paramaribo, para os menos íntimos).

Já nos despedindo, ele chamou um táxi para levá-lo para casa, e quando menos esperávamos estávamos no maior papo com o taxista. Ele tem uma namorada brasileira, Nayra, 17 anos, nascida em Boa Vista. Sua mãe, que trabalha vendendo roupas lá e cá, a princípio foi contra o relacionamento, mas depois que conheceu o moço, surinamês de origem indiana, viu que era sério, acabou topando. Hoje eles moram juntos há 1 ano, ela está estudando holandês e inglês e já está acostumando a viver no Suriname. Eles nos convenceram a dar uma passadinha no Bigode, bar brasileiro, uma das facetas da cidade que não conhecíamos.

Pense em uma boate da periferia de Belém, repleta de garimpeiros brasileiros, guianeses e surinameses. Todos esses embalados e animados por mulheres (a maioria também brasileiras) assanhadíssimas dançando os hits do Furacão 2000! Eguinha Pocotó, Bonde do Tigrão, Calcinha Preta, Calipso e suas cópias baratas. Foi uma incursão noturna de fundo cultural com um único objetivo, a experiência antropológica em um meio tão sortido e agressivo.

Não, não vimos nenhuma briga lá não, mas sabemos que elas são comuns, principalmente entre mulheres defendendo seus homens, ou mesmo suas mulheres. As “brutas”, como são conhecidas as “mulheres que gostam de mulheres” aqui, são numerosas e a maioria trabalha nos bares destas boates. Mas eu me referia à agressividade na dança, na paquera, na sexualidade, nos gostos, nas músicas, como diria meu amigo mineiro, brutaaal. Ah, esqueci de mencionar que as “primas”, como chamam os paulistas, também são da terrinha.

Segundo nossos novos amigos, isso aqui é o brasileiro, esta é a referência do Brasil para eles, pois é a única cultura que eles têm acesso. Descobrimos que existe uma vizinhança chamada Belenzinho. Eu não fui tão a fundo na periferia de Belém durante nesta viagem, mas sei que encontraria coisas parecidas. Ainda assim a impressão que fiquei é que aqui as coisas estão ainda mais exageradas. Milhares de brasileiros (hoje em torno de 60 mil), que estão aqui batalhando uma vida melhor e que longe de casa acabam se liberando para tudo e todos.

Como explicar a eles que o Brasil não é inteiro assim? Ou ainda pior, como explicar aos garimpeiros que eu sou brasileira? Hahaha! Sim, é impressionante como tão diferente o Brasil ainda consegue ter uma unidade, língua e o mesmo orgulho de ser brasileiro, de São Bento do Sul à Marabá. Aos antropólogos de plantão pergunto se há algum estudo ou definição antropológica deste ser tão controverso e ao mesmo tempo amado em todo o lugar. Meu chute? Alegria. É essa a nossa principal característica, mesmo com toda a miséria e corrupção, pobre e ferrado, rico ou letrado, o brasileiro é feliz.

Suriname, Paramaribo,

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Comentários (4)

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  • 23/02/2018 | 12:44 por Flávio

    Olá. Gostei do seu blog. Me deu algumas dicas importantes sobre o Suriname. Como é a primeira vez que estou aqui foi muito útil para mim. Obrigado e um abraço.

    FF

  • 23/07/2013 | 01:47 por Cynthia

    Oi Ana, estou pesquisando sobre o Suriname e me deparei com o seu blog. Obrigada! Toda informação é muito bem-vinda. Aproveito para compartilhar um artigo muito interessante e que explica, com um olhar antropológico, o que você viu pessoalmente. Nas páginas 57/58 tem a definição de apanjaht, que é um termo que define a estrutura da sociedade surinamesa - http://www.csem.org.br/remhu/index.php/remhu/article/viewFile/57/49
    Abraços.

    Resposta:
    Olá Cynthia! Não são muitos sulistas que vão para o Suriname a turismo, mas foi uma experiência muito rica para entender este país e principalmente o nosso norte! É incrível o movimento migratório que existe nessa região! Eu adorei o material que você me enviou, explica exatamente o que vimos por lá. Obrigada pelas informações! Bjs!

  • 23/04/2011 | 12:25 por Camila Miranda

    Ah! que pena! queria saber mais sobre a viagem de vocês pessoalmente... porque eu estou 'um pouco' atrasada né.. hehehe

    Mas beleza. Vou continuar acompanhando vocês!

    Beiijos

    Resposta:
    Vamos combinar de nos encontrar em Pirinópolis! Qdo estivermos chegando aí por perto te avisamos para ver se vc consegue ir até lá! Já pensou q delícia!?! Beijooos

  • 20/04/2011 | 09:55 por Camila Miranda

    Oi Ana!
    tem pouco tempo que eu descobri o blog de vocês e ainda estou lendo o mês de maio de 2010 hehehe.
    só queria saber se vocês vão passar em Brasília e quando. Porque eu moro aqui né...
    mas eu estou adorando o blog de vocês
    Parabéns!
    beiijos

    Resposta:
    Oi Camila! Nossa novela já está longa! rsrsrs =) Estivemos em Brasília no mês de Julho, desviamos a rota qdo amigos nossos casaram em Goiás, já aproveitamos e conhecemos aí. Bela cidade! Eu fui meio azarada, peguei uma infecção e fiquei de cama, por isso tenho vontade de voltar, rever alguns amigos, mas infelizmente não sei se teremos tempo... vamos torcer! No menu geográfico vc consegue achar fácil os posts de Brasília. Vamos continuar nos vendo por aqui, se der certo nos encontramos! =) Beijos!

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